O atual direito da família não prevê o direito do beneficiário da pensão alimentícia, seu representante legal, de se recusar a pagá-la. No entanto, na prática, há casos em que a efetiva recusa da pensão alimentícia se concretiza por meio de um acordo verbal entre as partes.
A manutenção de um filho menor é responsabilidade de qualquer pai, no entanto, o representante legal da criança nem sempre está interessado em receber pensão alimentícia. Os motivos pelos quais a mãe ou o pai de uma criança recusam a pensão alimentícia podem ser diferentes. Assim, freqüentemente, boas relações são mantidas entre os ex-cônjuges, e os ganhos do pai com quem os filhos menores permaneceram é suficiente para seu sustento de pleno direito. Às vezes, os pais desejam trocar os pagamentos mensais por algum outro meio de fornecer à criança tudo o que é necessário (por exemplo, adquirir uma propriedade para ela, ajudar na criação). A legislação permite apenas o fornecimento voluntário de apoio adicional, no entanto, não prevê a abolição da pensão alimentícia.
É possível celebrar um acordo sobre a dispensa de pensão alimentícia?
Como forma de cancelamento da pensão alimentícia, é frequentemente mencionada a celebração de um acordo especial entre os pais, no qual serão fixadas todas as características das obrigações mútuas de sustento dos filhos. Mas, na prática, este método é praticamente impossível de implementar, uma vez que o contrato correspondente deve ser certificado por um cartório. Nenhum cartório concordará em aprovar um contrato que seja contrário à lei aplicável. Entretanto, a abolição da obrigação de pensão alimentícia refere-se precisamente a esses contratos. A falta de reconhecimento de firma do contrato significa o descumprimento de sua forma, o que acarreta a invalidade do contrato.
Qual é a ameaça de um acordo verbal sobre a recusa de pensão alimentícia?
A única maneira de cancelar a pensão alimentícia na presença do consentimento mútuo dos pais para tal cancelamento é um acordo verbal entre eles. Assim, na presença de acordo notarial sobre o pagamento de pensão alimentícia em determinada quantia, as partes podem não cumpri-lo, tendo acordado oralmente outras responsabilidades pela manutenção dos filhos. Na presença de um processo de execução, o representante legal da criança (por exemplo, sua mãe) tem o direito de revogar o mandado de execução e suspender a cobrança forçada de pensão alimentícia. Mas o pagador das quantias correspondentes deve entender que esses acordos verbais não são juridicamente vinculativos, de modo que o outro pai pode usar qualquer oportunidade para exigir a cobrança de todas as dívidas, incluindo o pagamento de pensão alimentícia pelo período perdido.